22 dezembro 2011

A internet do Fast Food


A comida insípida dos restaurantes e lanchonetes de fast food podem ser uma boa analogia à atual situação da internet. Da mesma maneira que as carnes embutidas e condimentadas não fazem bem ao corpo humano, as informações empobrecidas pela lei suprema da velocidade de web não fazem bem ao conhecimento.

A internet se tornou uma espécie de local de serviço rápido ao consumidor. Lógico que isso é importante, mas não deve ser sua única atribuição. Se o objetivo das lanchonetes é atender a nada mais que a necessidade de uma alimentação em poucos minutos, o da internet tem sido disparar milhões de informações superficiais, sem nenhum aprofundamento, para seus usuários.

A pessoa que consome fast food por muito tempo provavelmente perde a habilidade de reconhecer e apreciar o verdadeiro tempero da comida caseira, da mesma forma que o consumidor de informações mal compartilhadas perde, aos poucos, o interesse pelo saber. Li num livro que o saber é o sabor e o tempo é o tempero. Então, "sem tempo e nem espaço para pensar, como fica o usuário que pretende algo mais que o serviço rápido da internet? Esse talvez seja o mais relegado dos personagens da mídia hoje em dia".

Inspirado em: "Comunicação Digital - Jornalismo, Narrativas, Estética", de Carlos Pernisa Junior e Wedencley Alves.

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